Os primeiros carros de brinquedo foram feitos depois do surgimento da indústria automobilista, ou seja, no começo do século 20.
Os carrinhos de controle remoto fizeram parte de milhares de crianças e continuam sendo muito explorados no segmento infantil, com incontáveis modelos, marcas e acessórios. Para que toda essa diversão fosse possível, aconteceram diversas mudanças na sociedade e na tecnologia e, por isso, vamos começar essa grande história a partir do século XX.
Os primeiros carrinhos de brinquedo foram desenvolvidos depois do surgimento da indústria automobilística, no comecinho do século XX. Os carros antigos e a pouca variedade de modelos eram replicados em madeira, metal e plástico e divertiam as crianças da época. A grande sacada foi oferecer um brinquedo que representava um item real do cotidiano e que as crianças tanto adoravam: os carros luxuosos da época.
Não é a toa que os primeiros modelos que realmente fizeram sucesso entre os baixinhos foram os carros a pedal que muito se pareciam com os carros verdadeiros. André Citroen, dono da famosa marca francesa de carros, acreditava que as crianças eram os futuros compradores da marca e que, por isso, eram clientes tão importantes quanto os seus pais. Por volta de 1923, André passou a confeccionar carros de brinquedos que eram comercializados em grandes lojas infantis, firmando uma tendência de sucesso no mercado que se sucedeu até os anos 60.
Foi no final dessa década que o mundo dos brinquedos sofreu uma grande reviravolta. Uma frota de 16 carros da Hot Wheels pra lá de radicais invadiu as prateleiras das grandes lojas de brinquedos e fizeram um sucesso esmagador entre as crianças. Nessa mesma época, os primeiros modelos de carrinhos de controle remoto começaram a aparecer nos Estados Unidos, mas só chegaram no Brasil nos anos 80, com incontáveis modelos produzidos pelos maiores fabricantes do país. O sucesso desses brinquedos não precisa nem ser comentado, não é mesmo?
O dono da famosa marca francesa de carros, André Citroen, na época, acreditada que as crianças eram os futuros compradores das máquinas de sua empresa, e, por isso, precisavam ser conquistadas desde cedo. Por volta de 1923, André passou a produzir carros de brinquedos que eram vendidos nas grandes lojas infantis, consolidando assim uma tendência de sucesso no mercado, que ficou em alta até a década de 60.
Segundo o ditado popular, o que separa os meninos dos homens é o tamanho de seus brinquedos. E os carrinhos provavelmente foram a primeira garagem dos sonhos de todo brasileiro. Os modelos de carrinho de controle remoto são verdadeiros sonhos na vida de qualquer garoto (e dos marmanjos também, sejamos justos). Alguns veículos têm uma mecânica muito semelhante aos carros de rua de verdade, com tanque de gasolina, motores à combustão e alguns modelos contam até mesmo troca de marchas. É praticamente um carro de verdade, a única diferença é que ele não pode levar ninguém no seu interior. O funcionamento do sistema de controle remoto é através de radiofreqüência onde o transmissor envia um sinal de controle para o receptor usando ondas de rádio, que por sua vez acionam o motor e fazem o carrinho se mover, virar para os lados e parar.
Os primeiros carrinhos de controle remoto apareceram em meados de 1966, produzidos pela empresa italiana El-Gi (Elettronica Giocattoli). Seu primeiro modelo, uma Ferrari 250LM, estava disponível no Reino Unido em dezembro de 196. Foi mostrada pela primeira vez na Feira de Brinquedos de Milão no início de 1968.
No Brasil, o Stratus foi o primeiro carro de controle remoto. Lançado em 1979 pela Estrela, ele era uma réplica exata do Lancia Stratos de rali com a pintura da Alitalia — mais tarde o brinquedo recebeu decorações diferentes, com patrocinadores brasileiros. Era o único carro de controle remoto de sua época com sistema de sete posições e marcha à ré automática.
Havia duas opções de cores, branco e vermelho, que tinham frequências diferentes para não haver interferência caso fossem usados juntos. Um de seus principais recursos eram os farois escamoteáveis que se levantavam e acendiam e o ronco de motor. O Stratus foi produzido até setembro de 1983, quando foi substituído pelo Pegasus.
O Pégasus foi o primeiro de uma série de três carrinhos de controle remoto lançada pela Estrela nos anos 1980 — mais exatamente em setembro de 1983 (e produzido até junho de 1989). Era uma réplica do BMW M1 Procar e tinha duas versões: prata e ouro, que eram as cores da carroceria. O controle tinha alcance de impressionantes 30 metros e o carro piscava as setas de acordo com a direção que virava.
A velocidade chegava aos 20 km/h… se as pilhas fossem alcalinas e estivessem novinhas. O desgaste das pilhas, aliás, não era apenas o terror dos sábados à tarde da criançada, mas também do bolso dos pais: o Pégasus usava cinco pilhas D no carrinho e seis pilhas AA no controle.
Depois do Pegasus a Estrela lançou o Colossus em maio de 1984. Era uma picape GMC Sierra Grande inspirada na picape do seriado “Duro na Queda” (The Fall Guy) que fazia sucesso na época. Como seu nome sugere, o carro era colossal: tinha quase dois quilos e podia levar outros brinquedos na caçamba. O controle remoto era parecido com o do Pegasus, mas usava antena telescópica e tinha um botão para acender os faróis.
Seu maior atrativo era a tração 4×4, que podia ser ativada por um botão embaixo do carro — a um custo caro: com dois motores sugando a energia das pilhas, não demorava muito para esgotar as cinco pilhas D usadas para mover as rodas. Os faróis ainda usavam duas pilhas AA que também acabavam rapidinho se você os deixasse acessos durante toda a brincadeira. O Colossus deixou de ser fabricado em agosto de 1990.
Foi o quarto carrinho de controle remoto da Estrela e o último da série dos anos 1980. Lançado em setembro de 1986, era um bugue estilo Baja e era um projeto original japonês. Sua principal diferença em relação aos antecessores é que ele já não usava as pesadas pilhas D para mover seu motor, mas sim uma bateria recarregável de 7,2 volts. O controle precisava de outras seis pilhas AA.
O Maximus tinha duas opções de cores, vermelho e prata, que tinham frequências diferentes para impedir interferências quando juntos. A tração era traseira e usava suspensão por mola central, enquanto a dianteira usava duas molas helicoidais independentes. Os pneus também eram diferentes: slick na frente e biscoito na traseira. Com piso seco e bateria cheia, o Maximus chegava aos 25 km/h e poderia ficar a até 30 metros de distância de seu controlador. A produção original do Maximus foi encerrada em 1990, mas ele continua produzido até hoje com uma série de modificações no visual e em sua eletrônica.
Os carrinhos de controle remoto são brinquedos fabricados até hoje, fazendo a alegria não só das crianças como também de alguns adultos. Eles unem pais e filhos que gostam de diversão, velocidade e adrenalina, dando asas para a imaginação dos pequenos e oferecendo momentos mágicos para toda a família. Desde o primeiro lançamento, as crianças sempre encontram novidades no mercado para que a brincadeira se torne ainda mais interessante, com uma variedade de veículos enorme que deixa a infância muito mais divertida.