A origem e curiosidades de alguns dos nossos brinquedos de infância

A história do brinquedo é tão antiga quanto a história do homem! Muitos brinquedos que existem hoje nasceram nas grandes civilizações antigas, e vários deles permaneceram inalterados ao longo do tempo.

A viagem pela história dos brinquedos permite-nos percorrer culturas, estilos, modos de vida, regras sociais, uso de materiais e ferramentas, relações pessoais. É uma história recheada de curiosidades, inventores criativos, brinquedos que fazem sucesso e fábricas que lutam para se aperfeiçoar.

Originalmente, os brinquedos de todos os povos são originários da indústria doméstica, daquela que se constituía em pequena escala e atendia às necessidades particulares. Uma indústria que não acabou e que até hoje se tem desenvolvido é a dos brinquedos artesanais.

Como surgiram alguns dos nossos brinquedos:

Bonecas

No Antigo Egito, já foram encontradas bonecas em túmulos de crianças, do período situado entre 3 mil e 2 mil a.C., feitas de madeira e banhadas em argila, com cabelos de verdade. Segundo os arqueólogos, as bonecas eram colocadas no túmulo para a criança brincar no mundo do “além”.

Já na Grécia Antiga e em Roma, nos rituais que antecediam o casamento, as jovens que se iam casar, entregavam as suas bonecas e outros brinquedos à deusa Ártemis, simbolizando o fim da infância. A produção de bonecas, com objetivos comerciais, teve início na Alemanha e em Paris, por volta do século XV.

E até 1930, eram produzidas com pano, por costureiras e artesãos. Aos poucos, as bonecas artesanais foram substituídas pelas mais modernas, que cantam, dançam, andam de patins e bicicleta, choram, dormem…

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Ursinho de Pelúcia

Duas histórias explicam a criação do ursinho de pelúcia. Uma versão conta que o urso de peluche foi inventado no século XIX, nos EUA, e ficou conhecido como “teddy-bear” por um motivo curioso: o presidente americano, Theodore Roosevelt, recusou-se a participar numa caçada aos ursos em 1902. Um fabricante de bonecos de pelúcia decidiu batizá-los de ‘Teddy-bear’ em homenagem à atitude de Roosevelt.

A outra versão aponta a sua origem para Alemanha: o desenhista de brinquedos alemão, Richard Steiff, viu uma exibição de ursos verdadeiros e teve a ideia de fazer um urso de brinquedo. Em 1903, ele exibiu o seu novo brinquedo, Friend Petz, na Feira de Brinquedos de Leipzig.

Fofinhos, macios e que dão gosto abraçar, os ursinhos de pelúcia conquistaram adultos e crianças com sua simpatia.

Carrinhos


Feitos de madeira, os primeiros carrinhos surgiram em simultâneo com os automóveis reais criados pela indústria Renault, nos primeiros anos do século XX. Com o passar dos tempos, o material utilizado para a produção dos carrinhos mudou, e muito!

Hoje, eles são feitos de plástico, metal ou acrílico, têm controles moderníssimos, mas os tradicionais carrinhos de madeira ainda podem ser encontrados, dividindo o espaço nas prateleiras das lojas com carrinhos de última geração.

Pião

Cerca de 3 mil anos a.C., na Babilónia, já existiam piões feitos de argila e com as bordas decoradas com formas de animais e humanas ou relevos.

O pião foi um dos jogos tradicionais infantis mais populares de sempre do século passado. Simples e barato, era usado nos pátios das escolas, e nas ruas, por quase todas as crianças.

O movimento do pião resulta de uma guita, ou cordel, enrolado à sua volta. A guita segura-se com a mão por uma das extremidades a qual se desenrola quando atiramos o pião ao chão, puxando-a no sentido contrário.

Soldadinhos de chumbo

Nasceram como jogos de guerra. O brinquedo só passou a ser produzido, comercialmente, na metade do século XIX, em Nuremberg, na Alemanha. Mas era artigo de luxo, só os pequenos nobres podiam tê-los.

Dominó

O Dominó é um jogo de mesa que utiliza peças com formatos retangulares, dotadas normalmente de uma espessura que lhes dá a forma de paralelepípedo, em que uma das faces está marcada por pontos indicando valores numéricos. O termo é também usado para designar individualmente as peças que compõem este jogo. O nome provavelmente deriva da expressão latina “domino gratias” (“graças ao Senhor”), dita pelos padres europeus para assinalar a vitória em uma partida. Na área matemática das poliformas, um dominó é a figura retangular formada por dois quadrados congruentes colocados lado a lado.

O jogo aparentemente surgiu na China e sua criação é atribuída a um santo soldado chinês chamado Hung Ming, que viveu de 243 a.C a 182 a.C. O conjunto tradicional de dominós, conhecido como sino-europeu, é formado por 28 peças, ou pedras. Cada face retangular de dominó é dividida em duas partes quadradas, ou “pontas”, que são marcadas por um número de pontos de 1 a 6 ou deixadas em branco, para representar o zero. Um jogo de dominós é equivalente a um baralho de cartas ou jogo de dados, que podem ser jogados em uma diversidade indeterminada de maneiras.

Tradicionalmente feito de marfim, osso ou madeiras escuras, como ébano, com os pontos marcados em cores contrastantes, hoje o dominó é facilmente encontrado em uma diversidade de materiais que vão desde versões semidescartáveis em papel cartão a modelos de luxo em pedras como mármore, granito, pedra-sabão, ou metais diversos, além de plásticos variados. É comum também as peças trazerem pontos de cores diferentes associadas ao número representado, ou ainda a substituição dos pontos por imagens.

No Brasil, o dominó chegou através dos portugueses no século XVI e tornou-se passatempo dos escravos.

Existem ainda outras formas de jogar dominó e todas são igualmente divertidas e repletas de tensão e concentração. Junte seus amigos ou sua família ou pode até escolher algum site de jogos online e comece logo uma partida.

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